Um Olhar por Dentro da Quinta de Valflores

No âmbito da rúbrica outonal “Um Olhar por Dentro”, a ADAL convida a revisitar a Quinta de Valflores, em Santa Iria de Azóia.

A ADAL é, desde 2016, parceira da Câmara Municipal de Loures no processo de salvaguarda, valorização e reabilitação da Quinta e Palácio de Valflores, no âmbito da candidatura ao POR Lisboa. A primeira fase do projecto de intervenção permitiu a consolidação estrutural do edifício do século XVI, enquanto a segunda e terceira fases da obra dedicaram-se ao restauro e protecção dos elementos arquitectónicos. 

Oportunidade para olhar e descobrir Valflores, observando também o desenvolvimento dos trabalhos, nesta visita guiada, realizada pela equipa técnica museológica da Câmara Municipal de Loures, no dia 16 de Novembro, às 10 horas.

Aguardamos inscrições até dia 14/11 para: adaloures@gmail.com.

Palácio Valflores, ca(u)sa nossa!

 

Secretária de Estado da Cultura visita Conjunto Monumental de Santo Antão do Tojal

convite da ADAL, a senhora Secretária de Estado da Cultura, Maria de Lurdes Craveiro, realizou, no passado dia 10 de Outubro, uma visita ao Conjunto Monumental de Santo Antão do Tojal.

Recebida pelo Presidente da Direcção, Rui Pinheiro, acompanhado pelos dirigentes Florbela Estevão e Miguel Ferreira, conhecedores do património cultural do Concelho de Loures, a ADAL guiou a comitiva da secretaria de estado pelos diversos sítios patrimoniais e de arquitetura barroca de Santo Antão do Tojal.

A visita iniciou junto à memória de Félix Avelar Brotero, casa onde nasceu o cientista botânico, com destino aos Aquedutos e Rua dos Arcos até ao Chafariz, onde é possível observar a extensão dos Aquedutos, monumento classificado de Interesse Público.

Na continuidade da visita, a Diretora da Casa de S. Francisco de Assis, antiga Casa do Gaiato, conduziu a comitiva pelo interior e jardins do Palácio dos Arcebispos, e, por sua vez, o Pároco de Santo Antão do Tojal abriu as portas da Igreja Matriz.

A visita terminou junto ao Palácio-Fonte Monumental, com oportunidade de entrega à tutela de dossier com uma compilação dos antecedentes da intervenção da ex-Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN), da CM Loures e da JF Santo Antão do Tojal, posições públicas da ADAL e resoluções da Assembleia da República.

Um primeiro objetivo, de valorização deste valioso património construído foi assim conseguido. Há diligências que o governo pode e deve fazer, agora bem conhecedor da situação, tal como a ADAL assume o compromisso de desencadear um conjunto de diligências que impulsionem as diversas entidades centrais e locais a agir em defesa, preservação e valorização do valioso conjunto patrimonial.

A salvaguarda do património cultural está na matriz genética da ADAL!

Classificação do Convento de Nossa Senhora dos Mártires e da Conceição dos Milagres

No momento em que a ADAL contesta o Relatório de Ponderação – Discussão Pública da Unidade de Execução do Quartel de Sacavém, onde se enquadra o Convento de Nossa Senhora dos Mártires e da Conceição dos Milagres, assinalamos a importância da deliberação de abertura de novo procedimento de classificação deste convento como Monumento de Interesse Municipal e a submissão a audiência de interessados. Esta deliberação, que reuniu unanimidade de todo o executivo, teve lugar na reunião de Câmara de 26 de Outubro de 2022.

Sendo uma das causas de longa data da ADAL, chegou a merecer a nossa iniciativa de realização um abaixo-assinado, o qual reuniu centenas de assinaturas.

Eis, portanto, uma boa notícia, que justifica a atenção e o acompanhamento por parte de todos quantos se preocupam e defendem o património cultural construído do nosso concelho!

Contestação ao Relatório de Ponderação – Discussão Pública da Unidade de Execução do Quartel de Sacavém

A ADAL pronunciou-se em tempo na discussão pública da Unidade de Execução do Quartel de Sacavém. Agora, após análise ao Relatório de Ponderação elaborado, a nossa Associação oficiou o executivo municipal expressando o seu descontentamento quanto à forma como o processo da Unidade de Execução do Quartel de Sacavém está a ser conduzido e a solicitar a reanálise do referido Relatório de Ponderação, procedendo a uma efectiva análise e acolhimento às ponderadas opiniões e sugestões dos intervenientes.

O interesse da ADAL numa participação cidadã frontal, honesta e construtiva não permite que deixemos passar em claro a apreciação que fazemos do Relatório de Ponderação que nos foi presente, designadamente, porque tal ponderação e tais conclusões apontam no sentido de que toda a delimitação (que é o que está em apreciação como se assinalou na sessão pública realizada) bem como todo o contorno do projecto, são irrepreensíveis e portanto, nada há a ponderar, nada há a alterar, nada há a corrigir, nada há a concluir de diferente ao que já estava previamente concluído. Tal posição, que nunca antes havíamos visto em qualquer das discussões públicas e pareceres em que a Associação foi participante, tem um tal nível auto-justificativo que até nos interrogamos sobre se o Relatório de Ponderação terá sido elaborado no plano de distanciamento e descomprometimento exigido.

Entendemos, por isso, suscitar à Câmara Municipal de Loures uma reanálise deste Relatório de Ponderação, nomeando para essa missão técnicos municipais menos envolvidos ou menos comprometidos com o projecto, que possam proceder a uma adequada consideração das variadíssimas sugestões e propostas de elevado significado e propósito que se encontram presentes com várias origens e proponentes. Ignorar olimpicamente todas as ideias sensatas e construtivas oriundas da participação dos cidadãos, inquieta-nos e induz a ideia – certamente, errónea – de que o que está em causa antes de mais é o interesse do particular e não o interesse público.

Valerá a pena reflectir ainda sobre as sistemáticas alusões aos “termos de referência” para se alegar que tudo está em conformidade com esses termos. Ora, os “termos de referência” não foram alvo de discussão pública, pelo que os “termos de referência” não podem ser mais do que meros “termos de referência” e não elementos de condicionamento prévio e absoluto da participação dos cidadãos, sob pena de, afinal, não fazer sentido qualquer discussão pública.