Sugestão da ADAL ao Presidente da República para ação do “Portugal Próximo”

A Jornada Mundial da Juventude realiza-se em Portugal e em Lisboa/Loures no próximo ano de 2023.

Este evento da Igreja Católica tem lugar num espaço territorial de muitos simbolismos, muitas histórias e muitas contradições, onde avulta a mais significativa do nosso tempo, que é a requalificação de que foi alvo a parte do Município de Lisboa com a realização da EXPO-98 e a ausência de qualificação da Frente Ribeirinha do Tejo no Município de Loures que fez desta, até há pouco tempo, o único Município do Arco Ribeirinho do Tejo que não tinha executado ou projectado a sua revitalização e disponibilização de acessos ao Rio Tejo.

Se é certo que hoje há já alguns projectos em desenvolvimento, o advento da Jornada Mundial da Juventude 2023 terá uma importância decisiva para uma qualificação substancial e justificada do território.

Sob este enquadramento, considera a ADAL que uma visita do Presidente da República à zona concederá a relevância e dará o enfoque às autoridades nacionais e locais para que toda a área possa vir a ter a regeneração urbana, ambiental, económica e social que a transição do seu passado industrial para os nossos dias desarticulou, estagnou e empurrou para caminhos, do nosso ponto de vista, inadequados de prever o Município de Loures e a Frente Ribeirinha do Tejo como mero apoio logístico da Capital, acolhendo actividades desqualificadas, armazenamentos que não geram empregos nem mais-valias.

A ADAL ousou e remeteu sugestão para o Presidente da República, no âmbito do Portugal Próximo, incluir a visita a Loures e à Frente Ribeirinha do Tejo em Loures, Lisboa e Vila Franca de Xira.

A presença do Presidente da República pode também suscitar a abordagem pelas autoridades executivas de outros assuntos da maior importância local e regional, como são os casos de:

  • Classificação patrimonial, reabilitação e futuro uso do Convento dos Mártires e da Conceição dos Milagres de Sacavém;
  • Reabilitação do Siphão de Sacavém, propriedade da EPAL, bem como o prosseguimento das acções de salvaguarda e preservação do histórico Canal do Alviela que abasteceu, durante décadas, a Cidade de Lisboa de água potável;
  • Garantia da chegada do Metropolitano a Sacavém (seja ele de superfície ou não) e projecção do seu prolongamento até Vila Franca de Xira, como instrumento imprescindível da qualificação da vida colectiva e profissional dos milhares de portugueses, estudantes e trabalhadores, que viajam de forma pendular, diariamente, entre a antiga “Cintura Industrial de Lisboa” e Lisboa, assegurando um meio de transporte robusto e ambientalmente adequado;
  • Novo impulso à despoluição do Rio Trancão, contribuindo para a melhoria da qualidade das águas superficiais na bacia hidrográfica do Trancão e do Estuário do Tejo;
  • Evidencia da preocupação da sociedade civil e comunidade técnica com o assoreamento e salinização da Cala Norte do Rio Tejo, pondo em causa o normal funcionamento da Central de Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos em S. João da Talha, bem como a perspectiva de destruição do “Mouchão da Póvoa”, espaço ribeirinho com elevada aptidão agrícola e turística que está a ser lamentavelmente desperdiçado.

Estes são aspectos cruciais para a construção do futuro de milhares de pessoas que residem e trabalham nesta região.

O território e as populações merecem e precisam aproveitar bem oPlano de Recuperação e Resiliência para “Recuperar Portugal, construindo o futuro”.

Frente Ribeirinha do Tejo em Loures – ADAL congratula-se com a sua luta, as exigências que fez e o sucesso ao alcance de todos

Finalmente, correspondendo às aspirações das populações, à luta persistente e determinada da ADAL e o empenho da Câmara Municipal de Loures nos últimos anos, o Governo aprovou uma Resolução que determina a desocupação e relocalização do Complexo Rodoferroviário da Bobadela.

Notámos – e não podemos deixar de denunciar – que houve agora quem, à última da hora e às pressas, tenha vindo mostrar entusiasmo e interesse na Frente Ribeirinha do Tejo. Mas a verdade inequívoca, factual e comprovável é que foi a ADAL que, desde 2006, constantemente alertou para os problemas desta zona, propondo soluções e tomando mesmo a iniciativa de contactar as empresas ali instaladas para obter a sua colaboração na mitigação dos efeitos da sua actividade, neste espaço ecológico por excelência.

Durante todos estes anos a ADAL foi uma voz isolada à qual se juntou a Câmara Municipal de Loures a partir de 2015. A ADAL repudia gestos demagógicos de última hora e espera que a Frente Ribeirinha e as populações da zona mereçam, finalmente, o respeito que não obtiveram no longo período de 2002 a 2013, quer por parte da administração da Câmara Municipal de Loures, quer dos vários governos e ministros do ambiente, que a ADAL ao longo desses anos contactou e procurou sensibilizar para a necessidade do ordenamento e valorização ambiental da Frente Ribeirinha do Tejo em Loures, em prol da fruição pelas populações, sem prejuízo das actividades económicas que devem adequar-se ao contexto em que se inserem.

Porque nem tudo fica resolvido com esta deliberação governamental, a ADAL reitera os três objectivos essenciais que apresentou publicamente, em tempo, disponibilizando-se ao Grupo de Projecto que o Governo irá nomear, para colaborar activamente com as soluções a encontrar, para que após as Jornadas Mundiais da Juventude, fique assegurado o futuro sustentável da Frente Ribeirinha do Tejo em Loures.

É preciso:

  1. Que sejam erradicados os problemas da desqualificação territorial, ambiental e económica e desenvolvidas acções mitigadoras dos impactos das actuais actividades, impedindo ali novas actividades inadequadas e impróprias de um espaço de elevada nobreza e valor ambiental;
  2. Que seja elaborado um Plano de Ordenamento, como instrumento de gestão sustentável do território e alavanca de protecção ambiental e de desenvolvimento económico equilibrado;
  3. Que se reúnam sob os mesmos propósitos, o governo, as autarquias, as empresas e os cidadãos em ordem à valorização da frente Tejo nas suas diferentes dimensões, das económicas às lúdicas, das ambientais às turísticas.

LOURES TAMBÉM TEM TEJO !

Exposição de bolso “Loures também tem Tejo! Narrativa ilustrada de uma causa líquida”

ADAL- Associação de Defesa do Ambiente de Loures vem, desde há anos, tornando públicas as suas preocupações com o estado e a situação de pressão desqualificadora na Frente Ribeirinha do Tejo em Loures.

Neste momento de novo impulso ao projeto, com a aprovação de empréstimo pela Assembleia Municipal de Loures, a juntar ao cofinanciamento aprovado pelo Portugal 2020, a possibilidade de circular de bicicleta e a pé entre Lisboa, Loures e Vila Franca de Xira é cada vez mais uma certeza.

A requalificação da frente ribeirinha do Tejo, com a implantação de um passeio pedonal e ciclável, num percurso com cerca de seis quilómetros de extensão, com passagem por Santa Iria de Azóia, São João da Talha e Bobadela, irá permitir a aproximação da população à margem do rio Tejo e simultaneamente à fruição da paisagem do estuário do Tejo e ao contacto com a Natureza.

Oportunidade para a ADAL lançar a Exposição de Bolso #3 e reafirmar que LOURES TAMBÉM TEM TEJO! que pode ver e descarregar clicando AQUI.

URGE A REQUALIFICAÇÃO DA FRENTE RIBEIRINHA DO TEJO NO CONCELHO DE LOURES. QUE NINGUÉM BOICOTE TAL OBJECTIVO

As Câmaras Municipais de Loures e Lisboa e o Governo português preveem acolher, na Frente Ribeirinha do Tejo, no Concelho de Loures, a Jornada Mundial da Juventude a realizar em 2023 (que estava prevista para 2022 e foi adiada por um ano, devido à pandemia sanitária COVID-19).

No passado dia 22 de Novembro, o Papa entregou a uma delegação portuguesa, na Basílica de São Pedro, os símbolos da Jornada Mundial da Juventude para essa edição internacional a decorrer em Portugal.

Tal passo significa um avanço no processo de concretização do evento e significa que, no terreno, tem que iniciar, muito em breve, o processo de intervenção no território, que viabilize, em condições de dignidade, a concretização da participada iniciativa da Igreja Católica.

A ADAL- Associação de Defesa do Ambiente de Loures vem, desde há anos, tornando públicas as suas preocupações com o estado e a situação de pressão desqualificadora na Frente Ribeirinha do Tejo em Loures e considera que a oportunidade de qualificação desta área do arco ribeirinho não pode mais ser protelada, requerendo-se quer do Governo quer do Município de Loures uma actuação urgente, determinada e abrangente.

A Frente Ribeirinha do Tejo em Loures precisa:

  1. Erradicar os problemas da desqualificação territorial, ambiental e económica e acção mitigadora dos impactos das actuais actividades, impedindo ali novas actividades inadequadas e impróprias de um espaço de elevada nobreza e valor ambiental;
  2. A elaboração urgente de um Plano de Ordenamento, como instrumento de gestão sustentável do território e alavanca de protecção ambiental e de desenvolvimento económico equilibrado;
  3. Que se reúnam, sob os mesmos propósitos, o governo, as autarquias, as empresas e os cidadãos, em ordem à valorização da frente Tejo nas suas diferentes dimensões, das económicas às lúdicas, das ambientais às turísticas.

A Frente Ribeirinha do Tejo em Loures NÃO precisa:

  1. Que as forças políticas da oposição na Câmara Municipal de Loures boicotem as acções e o financiamento da Requalificação, como aconteceu recentemente ao chumbarem a contratação de um empréstimo de médio e longo prazo para obra, que o Município pretende contrair para tornar a operação de construção do “Passadiço do Tejo” possível, a breve prazo.
  2. Ser usada como palco de disputa partidária que não tenha em conta os interesses colectivos e o bem estar e aspirações das populações.

LOURES TAMBÉM TEM TEJO!