A introdução do novo Passe Social está também no concelho de Loures a causar um interesse acrescido pelo transporte colectivo, verificando-se desde logo um significativo acréscimo da utilização não só do transporte rodoviário mas também do comboio.
No entanto, o sucesso na vertente sócio económica acabou por colocar novas exigências num sistema já sobrecarregado, e agravar as conhecidas insuficiências e deficiências daqueles meios de transporte no concelho, para as quais há que encontrar soluções, algumas de imediato, outras a médio/longo prazo.
Aproximando-se também o fim do actual contrato de concessão dos transportes rodoviários, e estando a preparar-se um novo contrato de concessão para a Área Metropolitana de Lisboa, as Comissões de Utentes dos Transportes de Sacavém, de Camarate, de Santo António dos Cavaleiros, e a ADAL solicitaram ao Presidente da Câmara de Loures uma reunião para lhe transmitir a premência de encontrar soluções para os sérios problemas do transporte colectivo no nosso concelho e conhecer as linhas gerais do que se está a planear.
Assim, no passado dia 3 de Dezembro fomos recebidos pelo Sr. Presidente Bernardino Soares onde depois de apresentarmos a plataforma informal constituída por Comissões de Utentes dos Transportes e a ADAL, manifestámos o interesse de saber como está a evoluir o processo da nova concessão de transporte rodoviário, nomeadamente qual é o modelo de concessão que a AML está a propor, bem como quais são as propostas especificas para o concelho de Loures apresentadas pela Câmara Municipal.
Do que nos foi transmitido trata-se dum novo modelo, em que a AML e as Câmaras municipais assumem a responsabilidade dos transportes rodoviários, concessionando a privados a execução do serviço. Serviço em que os aspectos mais relevantes, percursos, horários, bilhética, qualidade, são definidos e controlados pela AML e Câmara Municipais.
A proposta para o concurso de concessão, preparada pela AML com a participação das câmara e dos seus serviços técnicos, já foi submetida à Autoridade de Mobilidade e Transportes para parecer obrigatório e vinculativo. Seguir se-à um concurso internacional, dividido em 4 lotes, estando Loures num lote juntamente com as câmaras de Odivelas, Vila Franca de Xira e Mafra.
A entidade que ganhar um ou mais lotes terá ainda um prazo para proceder à instalação do serviço contratado. Tudo junto, e se não houver complicações de maior, estamos a falar dum período de dois a três anos até ao arranque do novo serviço.
Tivemos ainda a oportunidade de transmitir a nossa opinião que uma alteração do tipo da que se está a preparar deverá contar, na fase em que tal for considerado mais oportuno, com a participação dos próprios utentes a quem o novo serviço se destina.