Ao longo de 2023 registaram-se propostas para cinco aspectos Positivos (três no domínio do Ambiente e dois no do Património) e oito Negativos (quatro no Ambiente e quatro no Património).
Reunida em Assembleia Geral no dia 12 de Março de 2024, a ADAL apreciou as propostas apresentadas para o Positivo e Negativo do ano, nos domínios do Ambiente e do Património do Concelho de Loures, tendo elegido os seguintes:
Como habitualmente, a ADAL fará chegar os Certificados às entidades responsáveis no próximo mês de Junho, assinalando o Dia Mundial do Ambiente.
A propósito dos 50 anos da Revolução Portuguesa de 25 de Abril de 1974, a ADAL manifesta publicamente o seu orgulho por ser umas das associações de participação cívica, democrática, transparente e interventiva que o processo democrático permitiu e por integrar o riquíssimo património associativo colectivo do Concelho de Loures.
O momento justifica que se recorde e que se dê a conhecer às novas gerações que o associativismo, a participação cívica, as lutas pelo ambiente, pelo património, pela saúde pública, pelo bem-estar dos cidadãos, pelo respeito pelo território, só foram realmente possíveis no quadro do regime democrático e de liberdades civis que permitiram e incentivaram a participação de todos e cada um dos portugueses na determinação do nosso futuro colectivo.
A vida não melhora com soluções políticas autoritárias, com desinformação, com condicionamentos artificiais, com a sobre-exploração sobre quem trabalha, com impedimentos gerados para evitar a participação cívica, com a diabolização das expressões associativas, sejam elas os partidos políticos – essência do regime democrático – sejam os sindicatos ou as associações populares.
Ao meio século decorrido, também de aprendizagem e consolidação, é tempo de aprofundar a democracia política, económica e cultural, é tempo de instituir a democracia participativa, é tempo de fazer cumprir a Constituição da República em toda a sua abrangência e significado, é tempo de construir um país para honrar a tradição portuguesa de paz e relações amistosas com todo o mundo e todos os povos, condição essencial para fazer face aos desafios muito sérios que o mundo enfrenta para preservação da humanidade e o desenvolvimento humano.
A passagem do Dia Internacional dos Monumentos e Sítios é uma boa oportunidade para voltarmos a chamar a atenção para os Aquedutos de Santo Antão do Tojal.
O Conjunto Monumental de Santo Antão do Tojal esteve ao serviço do primeiro patriarca de Lisboa e do seu rei, D. João V, o Magnânimo.
Os aquedutos que abasteciam de água o Palácio-Fonte e o Palácio dos Arcebispos, integram o muito importante acervo patrimonial da Freguesia.
O Aqueduto de Santo Antão do Tojal, construído em 1728, tem uma extensão de cerca de dois quilómetros, e mais de 90 arcos, estando classificado como Imóvel de Interesse Público. Em 1991, foi objecto de um restauro pela então Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, num processo previsto para cinco fases, até 2000, trabalhos entretanto interrompidos para não mais prosseguirem.
Em 2021, a Assembleia da República tomou a Resolução que abaixo se apresenta; contudo, não se conheceram quaisquer acções que apontem no sentido de cumprir a deliberação do Parlamento.
Em 2022 chegou a haver dotação no Orçamento de Estado, através do PIDAC, destinada a esta requalificação, que acabou por não se realizar.
A ADAL tem prosseguido os contactos com vista a alertar quer a Administração Central, quer a Local para a necessidade de se efectuarem intervenções de manutenção dos aquedutos, incluindo os da Rua dos Arcos.
Tal como tem feito com os anteriores ministros da Cultura, fará chegar à nova Ministra, Dalila Rodrigues, um dossiê sobre este este notável exemplar da arquitectura barroca, bem como um convite para o visitar.
Igualmente aguarda desenvolvimentos da reunião que teve, em 8 de Novembro de 2023, com Comissão de Educação, Juventude, Cultura e Desporto da Assembleia Municipal de Loures.
No dia em que comemoramos o nosso 16º aniversário, fazemos um balanço muito positivo da existência e da intervenção da ADAL.
A par de muitas outras associações que contribuem para a dinâmica social no território de Loures, continuamos a ser um espaço de participação e cidadania dedicado às causas do Ambiente e do Património, a Linha de Defesa que continua a fazer sentido, porque há tanto para solucionar, acompanhar, defender, numa intervenção que só justifica desenvolver em colectivo.
No dia em que comemoramos o nosso 16º aniversário, queremos evidenciar as causas em torno das quais assumimos compromissos e relativamente às quais exigimos que se identifiquem e desenvolvam soluções:
Paul das Caniceiras (Santo Antão do Tojal e Loures) – concretizar urgentemente o processo com vista à sua classificação como Área Protegida de Âmbito Regional ou Local.
Aquedutos de Santo Antão e rua dos Arcos (Santo Antão do Tojal) – dar continuidade ao processo de requalificação do Aqueduto, iniciado em 1991 e nunca concluído.
Convento de Nossa Senhora dos Mártires e da Conceição dos Milagres (Sacavém) – retomar o processo de classificação como Monumento de Interesse Municipal, uma vez que terminou o período de consulta pública deliberado em Outubro de 2022, sem que se verificassem as diligências que dele deveriam decorrer.
Aqueduto de Loures e Fonte das Almoínhas (Loures) – desenvolver medidas para consolidar, preservar, valorizar e divulgar as estruturas ainda visíveis.
Quinta e Palácio de Valflores (Santa Iria de Azóia) – impulsionar o restauro do Palácio de Valflores e a sua Quinta, definindo um uso futuro que considere o usufruto pela população.
Loures Águas Mil – proporcionar o acesso democrático e justo à água potável e assegurar a sua gestão sustentável, social, económica e ambiental.
Com responsabilidade e determinação, perseveramos no contributo construtivo, pelo Ambiente e Património do concelho de Loures!