STOP à impermeabilização! É URGENTE E NECESSÁRIO UM SOBRESSALTO CÍVICO

O concelho de Loures está a ser alvo de um apetite para construção nunca visto. Moradias e Edifícios de Habitação, Armazéns, Centros Logísticos e Parques Logísticos. Por todos os cantos se intensifica a construção e, por essa via, se dá pasto à especulação.

Todos podemos verificar que está em curso um vendaval de construção e a ADAL suspeita que se está a preparar a sua aceleração, num ataque sem precedentes ao território, com a maximização da ocupação dos solos com betão e alcatrão, o que conduzirá a uma taxa recorde de impermeabilização do solo.

Preocupações acrescidas resultam da recente alteração à Lei dos Solos, de autoria do governo, que permite às Câmaras Municipais a transformação de terrenos rústicos em urbanos em modo “simplex”, viabilizando-se a ocupação contra-natura de terrenos agrícolas e de áreas da reserva agrícola e de reserva ecológica.

Os riscos da impermeabilização generalizada e da construção sobre e junto a linhas de água, num contexto de alterações climáticas, que exacerba os fenómenos meteorológicos, conduzem a ocorrências como a que recentemente se observou em Valência de Novembro de 2024.

Não podemos fazer por ignorar agora, para nos virmos a queixar e a lamentar mais tarde.

É preciso impor um STOP à impermeabilização. É necessário e urgente um sobressalto cívico que obrigue os decisores políticos a pararem com a insensatez da intensificação da construção desmedida e desnecessária.

Merecemos um futuro mais tranquilo, mais equilibrado e mais saudável.

Loures também tem Tejo | A ADAL manifesta-se contra um novo depósito de resíduos nucleares à superfície em Almaraz

A utilização da energia nuclear tem sido problemática, desde sempre, por motivo da falta de solução eficaz para tratamento e/ou inertização dos resíduos nucleares produzidos.

A Central Nuclear em Almaraz, Espanha, sempre foi e continua a ser uma ameaça significativa para Portugal, pela sua localização junto ao Rio Tejo e, por isso, capaz de, em caso de incidente grave, contaminar o rio, da fronteira ao oceano, afectando as populações, as actividades, a economia e a saúde no nosso país.

A prevista cessação da exploração das Unidades I e II da Central Nuclear de Almaraz, está previsto para o final de 2027 e 2028, respetivamente. Este encerramento ocorrerá com mais de 20 anos de atraso, dado que a central já ultrapassou o seu horizonte operacional em 2010, potenciando assim o risco de acidente, comporta a construção de um dito “Armazém Temporário Individualizado (ATI 20)”, que agora se viu evoluir para um ATI 100 que a concretizar-se, significará estender por mais quatro décadas o armazenamento à superfície dos resíduos da Central Nuclear de Almaraz, com todos os riscos potenciais que se podem calcular.

Este processo foi iniciado por Espanha sem dar conhecimento a Portugal, apesar da proximidade territorial e das evidentes implicações transfronteiriças decorrentes do facto de o armazém estar localizado na Bacia do Tejo. Apenas sob pressão política o governo português se viu obrigado a apresentar queixa na UE. Bem estiveram aqueles que exerceram tal pressão e alertaram para a necessidade do envolvimento de Portugal na Avaliação de Impacto Ambiental deste novo e perigoso armazém.

Por isso, a ADAL, porque Loures também tem Tejo, secunda a posição do Partido Ecologista Os Verdes no âmbito da Avaliação de Impacto Ambiental e manifesta a sua profunda discordância com a manutenção do estado de insegurança das populações que este novo armazém de resíduos nucleares à superfície representa.

O nuclear não é uma solução segura, é uma solução muito arriscada, portanto, não deve ser considerado como solução para as respostas energéticas que as sociedades actuais requerem. A ciência e a tecnologia devem ser orientadas noutras direcções.

Positivo e Negativo em 2023 no Concelho de Loures | Informação Pública

Ao longo de 2023 registaram-se propostas para cinco aspectos Positivos (três no domínio do Ambiente e dois no do Património) e oito Negativos (quatro no Ambiente e quatro no Património).

Reunida em Assembleia Geral no dia 12 de Março de 2024, a ADAL apreciou as propostas apresentadas para o Positivo e Negativo do ano, nos domínios do Ambiente e do Património do Concelho de Loures, tendo elegido os seguintes:

Como habitualmente, a ADAL fará chegar os Certificados às entidades responsáveis no próximo mês de Junho, assinalando o Dia Mundial do Ambiente.

50 anos! ADAL orgulha-se de ser Associação filha do 25 de Abril | Posição Pública

A propósito dos 50 anos da Revolução Portuguesa de 25 de Abril de 1974, a ADAL manifesta publicamente o seu orgulho por ser umas das associações de participação cívica, democrática, transparente e interventiva que o processo democrático permitiu e por integrar o riquíssimo património associativo colectivo do Concelho de Loures.

O momento justifica que se recorde e que se dê a conhecer às novas gerações que o associativismo, a participação cívica, as lutas pelo ambiente, pelo património, pela saúde pública, pelo bem-estar dos cidadãos, pelo respeito pelo território, só foram realmente possíveis no quadro do regime democrático e de liberdades civis que permitiram e incentivaram a participação de todos e cada um dos portugueses na determinação do nosso futuro colectivo.

A vida não melhora com soluções políticas autoritárias, com desinformação, com condicionamentos artificiais, com a sobre-exploração sobre quem trabalha, com impedimentos gerados para evitar a participação cívica, com a diabolização das expressões associativas, sejam elas os partidos políticos – essência do regime democrático – sejam os sindicatos ou as associações populares.

Ao meio século decorrido, também de aprendizagem e consolidação, é tempo de aprofundar a democracia política, económica e cultural, é tempo de instituir a democracia participativa, é tempo de fazer cumprir a Constituição da República em toda a sua abrangência e significado, é tempo de construir um país para honrar a tradição portuguesa de paz e relações amistosas com todo o mundo e todos os povos, condição essencial para fazer face aos desafios muito sérios que o mundo enfrenta para preservação da humanidade e o desenvolvimento humano.

25 de Abril SEMPRE !