O concelho de Loures está a ser alvo de um apetite para construção nunca visto. Moradias e Edifícios de Habitação, Armazéns, Centros Logísticos e Parques Logísticos. Por todos os cantos se intensifica a construção e, por essa via, se dá pasto à especulação.
Todos podemos verificar que está em curso um vendaval de construção e a ADAL suspeita que se está a preparar a sua aceleração, num ataque sem precedentes ao território, com a maximização da ocupação dos solos com betão e alcatrão, o que conduzirá a uma taxa recorde de impermeabilização do solo.
Preocupações acrescidas resultam da recente alteração à Lei dos Solos, de autoria do governo, que permite às Câmaras Municipais a transformação de terrenos rústicos em urbanos em modo “simplex”, viabilizando-se a ocupação contra-natura de terrenos agrícolas e de áreas da reserva agrícola e de reserva ecológica.
Os riscos da impermeabilização generalizada e da construção sobre e junto a linhas de água, num contexto de alterações climáticas, que exacerba os fenómenos meteorológicos, conduzem a ocorrências como a que recentemente se observou em Valência de Novembro de 2024.
Não podemos fazer por ignorar agora, para nos virmos a queixar e a lamentar mais tarde.
É preciso impor um STOP à impermeabilização. É necessário e urgente um sobressalto cívico que obrigue os decisores políticos a pararem com a insensatez da intensificação da construção desmedida e desnecessária.
Merecemos um futuro mais tranquilo, mais equilibrado e mais saudável.