Encontro das Colectividades do Concelho de Loures

As colectividades do Concelho reuniram-se em Encontro no passado dia 16 de Novembro no Salão Nobre da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários do Zambujal, sob a organização da Associação de Colectividades do Concelho de Loures, para análise de um conjunto de temas candentes, respeitantes ao movimento associativo e às suas actividades.

A ADAL esteve presente como convidada e acompanhou com grande interesse as análises e debates ocorridos que revelam o papel crucial do movimento associativo popular no nosso país, substituindo o Estado, nas obrigações que lhe incumbem nos domínios da cultura e desporto e que este não cumpre.

Por seu lado, a ADAL, reconhecendo a importância do associativismo e a sua relevância para o futuro das comunidades locais e da sociedade portuguesa, continua a aprofundar os relacionamentos bilaterais e multilaterais que reforcem a partilha de informação, de experiências e articulação de vontades e propósitos para objectivos comuns e colectivos.

Mesa redonda “Castelo, que futuro?”

A ADAL esteve presente na mesa-redonda realizada no Castelo de Pirescouxe do dia 11 de Fevereiro, a convite da entidade promotora, a ADPAC – Associação Defesa do Património Ambiental Cultural de Santa Iria da Azóia. A mesa-redonda visou promover um debate sobre o futuro do Castelo como equipamento cultural e imóvel de interesse histórico, bem como refletir sobre possíveis modelos de gestão mais participativos.

Esta iniciativa encerrou a exposição ” O Morgadio do Castelo – Memórias , Identidade e Ordenamento de um Território (Apontamentos )”, a qual resultou de um trabalho de parceria entre a referida associação, a Câmara Municipal de Loures (Unidade de Património e Museologia) e vários investigadores.

A exposição apresenta novos conteúdos sobre a constituição do Morgadio da família Castelo Branco “O Novo”, em 1442, e a estratégia que esta família seguiu ao longo de gerações visando alargar os limites da propriedade até à margem do Tejo, tendo mesmo conseguindo explorar salinas; mas, também, a história da ocupação deste território até à contemporaneidade, com a implantação da COVINA e do bairro destinado aos trabalhadores desta unidade fabril.

Para mais informação, sugerimos a consulta da monografia “O Morgadio do Castelo”,  sobre o Morgadio do Castelo de Pirescoxe e a história do território até à contemporaneidade.

ADAL participa na sessão “Planeta verde, Futuro Sustentável – Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 15 – Proteger a vida terrestre”

No passado dia 17 de Setembro, a ADAL – Associação de Defesa do Ambiente de Loures participou na sessão «Planeta verde, Futuro sustentável – Objectivo de Desenvolvimento Sustentável 15 – Proteger a vida terrestre», sob o tema «Os ciclos da natureza e da mitologia – O outono».

A iniciativa decorreu no Museu Municipal de Loures – Quinta do Conventinho e consistiu em dois momentos. O primeiro, orientado pelos representantes da SPEA – Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves, foi a observação de aves nos jardins do museu. Depois, no auditório do centro de documentação Anselmo Braamcamp Freire, Filomena Barata (arqueóloga) e Rui Pinheiro (ADAL) proferiram as intervenções, coincidentes no sublinhar da importância e necessidade de proteger todos os ecossistemas terrestres.

Rui Pinheiro começou por referenciar os objectivos da ONU para a protecção da vida terrestre e da necessidade de lhes fazer corresponder, planos de acção e consequentes acções. De seguida abordou temas que fazem parte do “caderno de encargos” da ADAL para a sustentabilidade e melhoria da vida na Terra.

A Água, uma das causas da ADAL, e a desertificação do interior do País são preocupações a ter em conta. Como referência, o exemplo que nos chega da ilha de Porto Santo, onde uma central de dessalinização funciona permanentemente há 40 anos. E deixou, para reflexão, duas questões pertinentes «Como é que não aproveitamos o facto de Portugal ter uma costa marítima de enorme extensão? Com todo este oceano, como é que a agricultura não é desenvolvida com a água do mar?». Este exemplo reflete a carência de grandes decisões para a solução do problema da falta de água.

Outras propostas da ADAL para o desenvolvimento local:
 A necessidade de desenvolver melhor e com mais celeridade, o programa da Câmara Municipal de Loures para as galerias ripícolas na vasta rede hidrográfica do concelho de Loures. Estas galerias são espaço que dão guarida às espécies, desenvolvem-se sozinhas e contribuem para a melhoria do ar, ou seja, um melhor ambiente.
 A criação e «desenvolvimento de galerias arbóreas junto das estradas. São espaços de refrescamento, sequestro do carbono, espaço de vida para inúmeras espécies e de surgimento de bolsas de vegetação nas laterais, tão importantes para o ambiente».
 Também, a ser aplicado com maior celeridade, o Plano Verde, que prevê a multiplicação de jardins e parques urbanos, a funcionar em rede, plano este que consubstancia medidas mitigadoras dos efeitos de secas extremas ou chuvas torrenciais. Este programa já está aprovado pela Câmara Municipal de Loures.
 O desenvolvimento da florestação é outra das ideias que a ADAL vem apresentando. Há muitos terrenos municipais onde não há previsão de qualquer utilização, terrenos que deviam ser florestados pelos municípios.

A terminar, Rui Pinheiro abordou a chegada do Metro ao Concelho, que na opinião da ADAL é uma resposta importante à mobilidade e que se espera seja também uma resposta ambiental importante. Mas a pretensão da administração do Metro é instalar o terminal (oficinas, mudança de carruagens) no terreno arborizado frente à secular e de grande valor patrimonial Quinta das Carrafouchas, em Santo Antão do Tojal. A sugestão da ADAL passa pela reformulação da proposta. e construir essas infraestruturas a duas centenas de metros adiante, nos terrenos adjacentes às empresas da indústria automóvel ali instaladas.

ENCONTRO DE COLECTIVIDADES DO CONCELHO DE LOURES

Dirigido por Fernando Vaz, presidente da Associação de Coletividades do Concelho de Loures (ACCL), teve ligar no passado dia 19 de Junho mais um encontro do movimento associativo do concelho de Loures.

Na primeira parte, Elisabete Barbosa, dirigente associativa, e Augusto Flor, presidente da Confederação Portuguesa das Coletividades falaram sobre o presente e o futuro do associativismo, das suas dificuldades e incertezas decorrentes da crise do Covid-19, e lançaram algumas ideias para o futuro.

A segunda parte do encontro foi preenchida com a apresentação do estudo sobre o “Movimento Associativo Popular no Concelho de Loures” que pode descarregar a parir daqui:

Com o estudo pretende-se conhecer melhor a realidade concelhia, os principais traços e características do associativismo popular; a sua evolução nas últimas décadas; as suas forças; os principais constrangimentos à atividade associativa e abrir perspetivas para o futuro.

O estudo “Movimento Associativo Popular no Concelho de Loures” foi desenvolvido pelo Município de Loures, o ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa, e a Associação das Colectividades do Concelho de Loures.

A ADAL esteve representada neste Encontro das Colectividades do concelho por Ana Mata e Eduardo Brissos.