Dia Internacional dos Museus – Em Loures já podemos voltar a visitá-los aos domingos

Dia Internacional dos Museus, uma iniciativa do ICOM[i] celebrada anualmente no dia 18 de Maio, tem este ano como tema ‘Museus: As coleções criam conexões‘.

Assinalar a efeméride é uma oportunidade de reflexão sobre a história e a possibilidade de perpetuar e contextualizar as memórias e a(s) identidade(s) do município de Loures e, inerentemente, sobre a oferta cultural municipal.

Partindo do pressuposto que o principal objetivo dos museus é a recuperação, conservação, investigação e divulgação do património cultural, em Loures existe património material e imaterial que justifica estar acessível e ser divulgado, para que os munícipes, em concreto, e o público, em geral, visitem e conheçam o acervo histórico-cultural local.

O Município de Loures conta com 3 Museus Municipais:

– Museu do Vinho e da Vinha, Bucelas,

– Museu Municipal de Loures – Quinta do Conventinho, Loures

– Museu de Cerâmica de Sacavém, Sacavém

e com 2 Núcleos Museológicos:

– Núcleo Museológico Casa – Museu José Pedro, Sacavém

– Núcleo Museológico Luís Serra, Bemposta

A ADAL, no âmbito da sua missão e atividade, ao longo dos anos, tem alertado e/ ou congratulado para situações específicas do património municipal:

2014» 2ª Mostra de Fotografia “Retrato Ambiental de Loures” dedicada ao Património Cultural.

2013» Rúbrica Positivo & Negativo: Reconheceu e enalteceu a Abertura do Museu do Vinho e da Vinha, em Bucelas.

2011» Petição Pública em defesa da abertura dos Museus de Loures aos domingos.

Rúbrica Positivo & Negativo: alertou e denunciou o enfraquecimento da dinâmica de programação cultural dos Museus Municipais, de que o fecho destes equipamentos aos domingos era um perturbador sinal.

É com prazer e sentimento de dever cumprido que, neste Dia Internacional dos Museus a ADAL se congratula com a decisão de reabertura dos Museus Municipais de Loures ao domingo. Agradecemos naturalmente a todos os sócios, munícipes e defensores da cultura e do património o apoio e incentivo dado a esta causa, bem como regozijamos a Camara Municipal de Loures por esta acertada decisão!

Por fim deixamos o repto: Visite os Museus Municipais de Loures!

 


[i] ICOM = International Council of Museums» Conselho Internacional dos Museus

Dia Internacional dos Monumentos e Sítios

O Dia Internacional dos Monumentos e Sítios foi criado a 18 de Abril de 1982 pelo Conselho Internacional dos Monumentos e Sítios e aprovado pela UNESCO.

A criação de um dia dedicado aos monumentos e sítios proporciona oportunidades de sensibilização do público para a diversidade do património cultural e para a sua importância enquanto fator de identidade cultural e coesão social, suportada em elementos visíveis – bens imóveis de natureza arquitetónica, arqueológica ou paisagística.

Permite também realçar a forma como esse património cultural é estudado, protegido, valorizado e divulgado, por quem detém o dever de o fazer, de acordo com a Lei de Bases do Património Cultural (Lei nº 107/2001, de 8 de Setembro, artigo 3.º – n.º 3).

Neste dia 18 de abril a ADAL realça, com preocupação, o estado de completo abandono em que se encontram, há vários anos, a Quinta e o palácio de Valflores, em Santa Iria de Azóia (imóvel do séc. XVI classificado como de Interesse Público) e o edifício dos antigos Paços do Concelho, na Rua da República, em Loures (imóvel do séc. XVIII, classificado como Monumento de Interesse Municipal).

A ADAL apela a todos os munícipes para que participem nas atividades integradas nas comemorações do dia 18 de abril (para as promovidas pela autarquia, consultar www.cm-loures.pt / Agenda / Área: Cultura, desporto e Juventude).

Convida ainda para a consulta, no mesmo Sítio, da informação sobre os Monumentos Nacionais, Imóveis e Monumentos de Interesse Público, Monumentos de Interesse Municipal e Sítios de Interesse Público existentes no concelho de Loures (www.cm-loures.pt / Viver / Áreas de Atividade / Planeamento e Gestão Urbanística / Património).

Sabemos que as medidas de proteção e conservação deste património exigem um grande esforço. Mas sabemos também que os Monumentos e Sítios do nosso concelho merecem que lhes seja concedida uma atenção contínua, por parte de todos, e a cada um de acordo com as suas responsabilidades, para que não deixem de constituir elementos ativos no processo de desenvolvimento local e na memória coletiva do nosso território.

Dia internacional dos Monumentos e Sítios | Para lembrar e valorizar os nossos lugares de memória

Para lembrar e valorizar os nossos lugares de memória

Este ano o Dia internacional dos Monumentos e Sítios é dedicado ao tema Lugares de Memória.

A comemoração desta data constitui uma oportunidade para informar e sensibilizar a opinião pública relativamente à diversidade e vulnerabilidade do património e aos esforços necessários para a sua proteção, conservação, missão de cuja responsabilidade nenhuma entidade (pública ou privada, consoante as situações) e nenhum cidadão se deve demitir.

A preservação do patrimônio insere-se num projeto de construção do presente, com um sentido de continuidade, contemplando necessariamente a possibilidade das pessoas usufruírem destes Lugares de Memória enquanto elementos culturais vivos, dinamizadores do conhecimento sobre a nossa História e os atores do passado, e de uma apropriação informada e esclarecida por parte dos cidadãos.

No ano passado a ADAL aproveitou esta data para denunciar o estado de completo abandono, da Quinta e Palácio de Valflores, em Santa Iria de Azóia (imóvel do séc. XVI classificado como de Interesse Público), e de outros imóveis de interesse municipal.

Mas igualmente preocupante era e continua a ser o estado de abandono do edifício 4 de Outubro, em Loures.

Apesar de não vermos indícios de estar para breve a intervenção de fundo que estes Lugares de Memória justificam, é com alguma esperança que assistimos, no presente mês, a uma intervenção de emergência no Palácio de Valflores (reposição de chapas de cobertura e da rede de proteção envolvente) e à instalação de uma mostra no Edifício 4 de Outubro que assim permite a sua reabertura ao público. Esperemos que esta reabertura não se limite à circunstância das comemorações do 40º aniversário do 25 de Abril e que constitua um sinal claro de uma alteração das políticas culturais no município de Loures.

Neste Dia Internacional dos Monumentos e Sítios a ADAL não pode deixar de continuar a alertar para a situação dos seguintes elementos do nosso património cultural construído:

– Antigos Paços do Concelho, na Rua da República, em Loures (imóvel do séc. XVIII, classificado como Monumento de Interesse Municipal).

– Castelo de Pirescoxe em Santa Iria de Azóia, onde se acentua a degradação das instalações inicialmente recuperadas;

– Igreja de Santa Maria da Vitória em Sacavém, completamente desprezada;

– Convento dos Mártires e da Conceição em Sacavém, em decadência e prestes a ser “sufocado” por mais uma urbanização;

– Monumento Megalítico de Casaínhos em Fanhões, progressivamente esquecido;

– Quinta da Abelheira no Zambujal, São Julião do Tojal, deixada à sua sorte;

– Paço Real de Frielas, estação arqueológica romana e medieval, para o qual não é visível um adequado programa de valorização e divulgação;

– Quinta da Massaroca em São João da Talha, em assustadora decadência;

– Torre Medieval de Sacavém, em degradação acentuada;

– Aqueduto de Santo Antão do Tojal, a ser “emparedado” por uma urbanização;

– Diaclase de Salemas, Lousa, a exigir ações concretas de proteção e preservação.

Para que Loures seja um território onde se constrói futuro, valorizando a Memória.

Dia Mundial dos Rios – Frente Ribeirinha do Tejo

ADAL lembra que Loures também tem Tejo e assinala que o Governo para além de calamidade económica e social, também é um atentado ambiental.

 

Após diversos contactos com os anteriores Ministros dos governos do PS e dos Vereadores do Ambiente da Câmara Municipal de Loures, com o propósito de salientar o estado de desqualificação e degradação por que vem passando a Frente Ribeirinha do Tejo, sem qualquer avanço na protecção e defesa da Frente Ribeirinha do Tejo em Loures, a ADAL procurou retomar os contactos com o actual Governo. A Sra. Ministra, um ano passado, não teve tempo, nem coragem, nem a educação de receber a ADAL ou de assumir que não lhe interessa o assunto.

Os contactos com as instâncias políticas que a ADAL tem desenvolvido, inscrevem-se em três objectivos:

  1. Sensibilizar as autoridades para os problemas da desqualificação territorial, ambiental e económica da Frente Ribeirinha do Tejo em Loures e a necessidade de intervenções urgentes mitigadoras dos impactos das actuais actividades;
  2. Salientar a importância da elaboração de um Plano de Ordenamento para a Frente Ribeirinha do Tejo, como instrumento de gestão sustentável do território e alavanca de protecção ambiental e de desenvolvimento económico equilibrado;
  3. Reunir sob os mesmos propósitos, o governo, as autarquias, as empresas e os cidadãos em ordem à valorização da frente Tejo nas suas diferentes dimensões, das económicas às lúdicas, das ambientais às turísticas.

Não se procuram projectos megalómanos, apoios financeiros, subsídios ou outros instrumentos incomportáveis à economia nacional ou local. Antes se exige simplesmente vontade política, criatividade e diálogo que promova a implementação de adequados mecanismos de gestão sustentável do território que defenda o Rio Tejo, a sua Frente Ribeirinha em Loures e os interesses e bem estar das populações e agentes económicos.

Á vontade dos cidadãos e ao interesse das empresas já manifestado, impõe-se uma resposta e envolvimento políticos do governo e da câmara municipal para uma acção conjunta frutífera, sem necessidade de recurso a meios económicos não disponíveis, nem exigências regulamentares desproporcionadas.

Ao ignorarem e desprezarem a disponibilidade e vontade dos cidadãos para uma acção concertada em prol da Frente Ribeirinha do Tejo em Loures, o Governo e a Câmara Municipal de Loures assumem-se como agentes activos da degradação ambiental e territorial e como uma nódoa neste Dia Mundial dos Rios.

A ADAL denuncia e condena publicamente esta atitude e convida os contribuintes e os eleitores a actuarem de forma democrática no afastamento das esferas do poder, dos políticos que assim se conduzem.