Os moinhos tradicionais têm um inestimável valor patrimonial, enquanto testemunho paisagístico, social e económico de um passado recente que importa valorizar.
A zona saloia de Loures foi uma área importante na transformação de cereal contando com um número significativo de moinhos que marcavam a paisagem circundante. Em 1941 o Concelho de Loures tinha 32 moinhos de vento (para além de 27 azenhas) recenseados.
Contudo o avanço da tecnologia na indústria moageira provocou o abandono destas máquinas artesanais e, consequentemente, a extinção da profissão de moleiro. Naturalmente, e de forma generalizada, registou-se o abandono dos moinhos e a posterior destruição e ruína dos mesmos.
No município de Loures, na Apelação, existe um moinho do tipo mediterrânico, que permite orientar as velas em função da direcção do vento. Apesar de recuperado em 1998 e 2006, fazendo reviver as técnicas tradicionais de transformação do trigo em farinha e desta em pão, não está atualmente em funcionamento. Atrevemo-nos a questionar: quando será possível voltar a visitar este moinho em atividade?
A ADAL assinala este Dia Nacional do Moinho com o intuito de pugnar pela valorização do património molinológico, enquanto preservação da memória, salvaguarda do engenho/ mecanismo, contributo pedagógico, defesa da paisagem natural, consolidação de circuitos turísticos integrados e, simultaneamente, potenciador de desenvolvimento local.