Em Sacavém

Classificar e Valorizar o Convento de Nossa Senhora dos Mártires e da Conceição dos Milagres | Posição Pública

O Convento de Nossa Senhora dos Mártires e da Conceição dos Milagres, de Sacavém, foi construído no século XVI, sobre ruínas de um outro templo edificado no século XII, em pleno reinado de D. Afonso Henriques.

Com a extinção das ordens religiosas em 1834, cessou as suas funções conventuais, tendo sido entregue em 1877, ao então Ministério da Guerra. Por lá passaram o Regimento de Artilharia Pesada Nº1, depois a Escola Prática do Serviço de Material e, até 2006, o Batalhão de Adidos.

Os efeitos pelas centenas de anos de existência, aliados aos danos provocados pelos usos, abandono e recente destruição intensiva pela prática de actividades incompatíveis, colocaram em perigo este secular testemunho patrimonial da cidade de Sacavém, do Concelho de Loures e de Portugal.

Do seu património, em permanente risco de completa destruição e furto, salientamos azulejos dos séculos XVI, XVII e XVIII.

A ADAL tomou a iniciativa de denunciar publicamente o estado de completo abandono e destruição em que se encontra e o Convento foi visitado por técnicos do Ministério da Cultura/DGPC e da Câmara Municipal de Loures – visita que a ADAL acompanhou – tendo-se confirmado as agressões a este elemento de grande importância histórica.

Importa pois, que em Sacavém e no Concelho de Loures se exija a salvaguarda e valorização do Convento de Nossa Senhora dos Mártires e da Conceição dos Milagres, que corre o sério perigo de ficar completamente destruído, por maioria de razão, quando parece poder vir a ser feita uma intervenção urbanística de elevadíssimo impacto.

Que ninguém se iluda, se uma Cidade não respeitar a sua história e o seu passado, não tem maneira de ter identidade, nem futuro. A ADAL tudo continuará a fazer para a preservação e valorização do Convento.

3 comentários em “Em Sacavém

  1. Saúdo-vos pela excelente iniciativa e pelos alertas para a preservação de património tão valioso.
    Em países mais desenvolvidos tenho observado o maior envolvimento dos cidadãos na proteção e valorização do seu património, muitas vezes criando associações de amigos ou de protetores de património edificado. O seu papel vai desde o lançamento de campanhas de recolha de fundos para a recuperação e preservação do mesmo, passando por iniciativas para a sua dinamização, e até assumindo a sua (co)gestão.
    Já pensaram dar um passo mais ousado, ultrapassando o importante papel de chamar a atenção?

    1. Caro Rui Banha,
      Gratos pela interacção e amáveis palavras.
      A ADAL é uma associação não governamental de âmbito local (Município de Loures), com intervenção essencialmente de advertência e promoção nos domínios do Ambiente e do Património.
      A ADAL tem conseguido bons resultados em algumas das suas causas, nos dois âmbitos em que interfere, de forma persistente.
      Toda a nossa intervenção assenta nos contributos de sócios que se disponibilizam para integrar os Corpos Sociais, ou para colaborar, de forma mais pontual, em alguns dos projectos desenvolvidos. Todos colaboram na base do voluntariado, o que significa que dão à associação e às suas causas algum do tempo livre de que podem dispor.
      Podemos contar com a sua colaboração de forma mais assídua? Quantos mais associados participarem, mais a ADAL poderá aprofundar a sua actuação!

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