Frente Ribeirinha do Tejo em Loures – ADAL congratula-se com a sua luta, as exigências que fez e o sucesso ao alcance de todos

Finalmente, correspondendo às aspirações das populações, à luta persistente e determinada da ADAL e o empenho da Câmara Municipal de Loures nos últimos anos, o Governo aprovou uma Resolução que determina a desocupação e relocalização do Complexo Rodoferroviário da Bobadela.

Notámos – e não podemos deixar de denunciar – que houve agora quem, à última da hora e às pressas, tenha vindo mostrar entusiasmo e interesse na Frente Ribeirinha do Tejo. Mas a verdade inequívoca, factual e comprovável é que foi a ADAL que, desde 2006, constantemente alertou para os problemas desta zona, propondo soluções e tomando mesmo a iniciativa de contactar as empresas ali instaladas para obter a sua colaboração na mitigação dos efeitos da sua actividade, neste espaço ecológico por excelência.

Durante todos estes anos a ADAL foi uma voz isolada à qual se juntou a Câmara Municipal de Loures a partir de 2015. A ADAL repudia gestos demagógicos de última hora e espera que a Frente Ribeirinha e as populações da zona mereçam, finalmente, o respeito que não obtiveram no longo período de 2002 a 2013, quer por parte da administração da Câmara Municipal de Loures, quer dos vários governos e ministros do ambiente, que a ADAL ao longo desses anos contactou e procurou sensibilizar para a necessidade do ordenamento e valorização ambiental da Frente Ribeirinha do Tejo em Loures, em prol da fruição pelas populações, sem prejuízo das actividades económicas que devem adequar-se ao contexto em que se inserem.

Porque nem tudo fica resolvido com esta deliberação governamental, a ADAL reitera os três objectivos essenciais que apresentou publicamente, em tempo, disponibilizando-se ao Grupo de Projecto que o Governo irá nomear, para colaborar activamente com as soluções a encontrar, para que após as Jornadas Mundiais da Juventude, fique assegurado o futuro sustentável da Frente Ribeirinha do Tejo em Loures.

É preciso:

  1. Que sejam erradicados os problemas da desqualificação territorial, ambiental e económica e desenvolvidas acções mitigadoras dos impactos das actuais actividades, impedindo ali novas actividades inadequadas e impróprias de um espaço de elevada nobreza e valor ambiental;
  2. Que seja elaborado um Plano de Ordenamento, como instrumento de gestão sustentável do território e alavanca de protecção ambiental e de desenvolvimento económico equilibrado;
  3. Que se reúnam sob os mesmos propósitos, o governo, as autarquias, as empresas e os cidadãos em ordem à valorização da frente Tejo nas suas diferentes dimensões, das económicas às lúdicas, das ambientais às turísticas.

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