ADAL comemora o Dia da TERRA

DIA DA TERRA é anualmente assinalado a 22 de Abril e tem como objectivo consciencializar sobre a protecção e a utilização sustentável dos recursos naturais do planeta e defender a harmonia entre todos os seres vivos, garantindo assim – às gerações presentes e futuras – qualidade de vida ambiental, social, económica, cultural.

A ADAL contribui também para homenagear o planeta Terra, difundindo informação que proporcione um  conhecimento mais vasto possível sobre a defesa do Ambiente, do Património e da Qualidade de Vida no Município de Loures, de modo que estas possam adoptar, de forma consciente e esclarecida, pelas melhores práticas, e exercer os respectivos direitos e deveres civis e constitucionais.

Hoje, no DIA DA TERRA relembramos dois temas ambientais causa da ADAL:

  • Paul das Caniceiras

É uma das mais interessantes zonas húmidas da região de Lisboa, com um ecossistema rico, mas sensível e extremamente ameaçado, localizado na Várzea de Loures, na freguesia de Santo Antão do Tojal.

Com cerca de 14 hectares, é um importante refúgio para diversas espécies de aves aquáticas e peixes de água doce, algumas em perigo de extinção, com destaque para a presença da “Boga de boca arqueada de Lisboa”.

Desde 2018 que a ADAL promove um conjunto de diligências junto dos órgãos municipais visando a classificação do Paul das Caniceiras como Área Protegida de Âmbito Regional/Local.

  • Frente Ribeirinha do Tejo

O Município de Loures tem 5,5 Km de frente de rio, no estuário do Tejo. Cerca de metade da população do concelho de Loures vive na proximidade da frente ribeirinha que tem todas as condições para se transformar numa nova zona de recreio e lazer do nosso concelho.

Esta é a única área do território incluída na Rede Natura 2000, estando, de certa forma, protegida, ao abrigo das Directivas Aves e Habitats, da União Europeia.

A ADAL vem tornando públicas as suas preocupações com a situação desta zona – um espaço de elevada nobreza e valor ambiental – e exigindo a elaboração de um Plano de Ordenamento para a Frente Ribeirinha do Tejo, como instrumento de gestão sustentável do território e alavanca de protecção ambiental e de desenvolvimento económico equilibrado.

A ADAL tem assumido, ao longo dos anos, a Frente Ribeirinha do Tejo como uma causa sua, para que seja causa de todos, com a assinatura: LOURES TAMBÉM TEM TEJO!

E neste DIA da TERRA, o nosso ECO-ALERTA adquire um sentido ainda mais oportuno. Colabore também e apresente a sua denúncia, queixa ou proposta para proteger o património ambiental e cultural de Loures! Envie-nos as suas mensagens para adaloures@gmail.com.

Comemorar para consciencializar!

Para que os dias passem de palavras nos calendários e ganhem um sentido E/Afetivo.


Causas da ADAL em debate com a Câmara Municipal de Loures

Na consolidação da missão e inerente plano de actividades que a ADAL definiu e que caracterizam a sua actuação, o relacionamento institucional com a Câmara Municipal de Loures assume uma importância decisiva para a dinâmica de algumas acções promovidas em prol do ambiente e cultura local.

No dia 19 de Novembro, a ADAL reuniu com os Presidente e Vice-Presidente da autarquia para debate de temas relacionados com as causas que a Associação tem vindo a defender, com destaque para o Paul das Caniceiras.

Aproveitou ainda a oportunidade para partilhar as preocupações motivadas pela recente concessão feita pela IP-Infraestruturas de Portugal do parque sul do Complexo Ferroviário da Bobadela, em contraciclo com o curso de conversão e requalificação da Frente Ribeirinha do Tejo em Loures. 

ADAL denuncia retrocesso na requalificação da Frente Ribeirinha do Tejo no Concelho de Loures NÃO MAIS CONTENTORES

Foi recentemente publicamente conhecido que a IP – Infraestruturas de Portugal concessionou de novo o parque sul do Complexo Ferroviário da Bobadela, em contra-ciclo com o curso de conversão e requalificação da Frente Ribeirinha do Tejo em Loures.

A insensata decisão e o seu despropósito são não apenas surpreendentes, como susceptíveis de configurar grave penalização para o Estado português e os contribuintes, quando é sabido que as Câmaras Municipais de Loures e Lisboa e o Governo português pretendem acolher naquele espaço as Jornadas Mundiais da Juventude a realizar em 2022.

Ao realizar uma concessão por cinco anos com possibilidades de renovação por mais dois anos, a IP-Infraestruturas de Portugal, está a criar condições para que o operador privado de contentores venha a receber uma importante indemnização, caso venha a ser removida a sua concessão para a implantação das infraestruturas das Jornadas Mundiais da Juventude.

Esta decisão inqualificável, pelos prejuízos, atrasos e condicionamentos que provoca à requalificação da Frente Ribeirinha, ao ambiente da zona oriental de Loures e à qualidade de vida das populações, é merecedora do mais veemente protesto e exige uma actuação imediata, firme e inequívoca do Governo, que tutela a IP – Infraestruturas de Portugal.

A ADAL- Associação de Defesa do Ambiente de Loures vem, há anos, tornando públicas as suas preocupações com a situação de pressão desqualificadora na Frente Ribeirinha do Tejo em Loures e rejeita liminarmente que no preciso momento em que se vão reunindo condições objectivas para encetar o ordenamento, qualificação e usufruto do espaço, haja quem, à revelia da vontade política das autoridades locais e centrais, actue como um estado dentro do Estado, ignorando todos os sinais públicos, todas as justas aspirações manifestas, todos os objectivos de  desenvolvimento sustentável.

O que se exige para a Frente Ribeirinha do Tejo em Loures, é:

  1. Erradicar os problemas da desqualificação territorial, ambiental e económica e acção mitigadora dos impactos das actuais actividades, impedindo ali novas actividades inadequadas e impróprias de um espaço de elevada nobreza e valor ambiental;
  2. A elaboração urgente de um Plano de Ordenamento para a Frente Ribeirinha do Tejo, como instrumento de gestão sustentável do território e alavanca de protecção ambiental e de desenvolvimento económico equilibrado;
  3. Reunir sob os mesmos propósitos, o governo, as autarquias, as empresas e os cidadãos em ordem à valorização da frente Tejo nas suas diferentes dimensões, das económicas às lúdicas, das ambientais às turísticas.

NÃO MAIS CONTENTORES.
LOURES TAMBÉM TEM TEJO !